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Carpediem, 03 de outubro, o valor do vazio.

  • Foto do escritor: Luciano Ribeiro
    Luciano Ribeiro
  • 3 de out.
  • 1 min de leitura
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A dependência é uma tentativa desesperada de tapar o vazio. Esse espaço interno, que faz parte da condição humana, passa a ser preenchido artificialmente: com a droga, com a compulsão, com qualquer anestesia que faça calar a falta. Só que quanto mais tentamos abafar o vazio, mais ele cresce e mais a vida se estreita.


Na psicanálise, o vazio não é defeito, mas motor: é o que nos move a desejar, a criar, a buscar sentido. O vazio é lugar de pergunta, não de condenação. Ele dói, mas também abre espaço. E quando deixamos de preenchê-lo com o que destrói, começamos a descobrir o que pode florescer ali.


Na recuperação, o vazio se torna terreno fértil. É nele que cabem a palavra, a oração, o silêncio, a partilha, a arte, o cuidado do corpo. É nele que nasce a possibilidade de se reinventar sem anestesia, de dar forma ao que antes era apenas falta.


Carpe diem: hoje, em vez de fugir do vazio, eu o acolho como espaço de construção. Onde antes havia urgência e compulsão, agora pode haver criação e liberdade. O vazio, quando habitado com coragem, deixa de ser buraco e vira chão.


Por Luciano Ribeiro — Terapeuta em Dependência Química | Estudante de Psicanálise


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