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Carpediem, 04 de novembro - Não sou mais quem eu fui.

  • Foto do escritor: Luciano Ribeiro
    Luciano Ribeiro
  • 3 de nov.
  • 1 min de leitura
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Há um momento na recuperação em que o passado já não cabe mais, mas o futuro ainda não está formado. É um território entre o que se deixou e o que ainda está nascendo. Nesse intervalo, tudo parece estranho: o corpo, a mente, os sentimentos, os vínculos, as rotinas. É um tempo de reconstrução silenciosa.... e é por isso que dói. Não é fácil deixar de ser quem se precisou ser para sobreviver.


Na dependência, a identidade foi moldada pela fuga, pelo impulso, pela urgência de aliviar o insuportável. Agora, na recuperação, é preciso aprender a existir sem a anestesia. Isso não acontece rápido. É uma reconstrução de valores, gestos, limites, escolhas e afetos. É um recomeçar que exige paciência consigo mesmo.


E nesse processo, surgem momentos de confusão: “Eu não me reconheço mais.” “Não sei onde pertenço.” “Parece que perdi algo de mim.” Mas o que está sendo perdido não é você..... é o que você precisou se tornar para continuar vivo. O que está nascendo agora é o você verdadeiro, mais sóbrio, mais consciente, mais honesto.


Carpe Diem. Não sou mais quem eu fui — e isso é sinal de vida. A transformação é desconfortável, mas é sagrada. Continue.


Por Luciano Ribeiro — Terapeuta em Dependência Química | Estudante de Psicanálise


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