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Carpediem, 10 de outubro - Quando a liberdade assusta.

  • Foto do escritor: Luciano Ribeiro
    Luciano Ribeiro
  • 10 de out.
  • 1 min de leitura
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A liberdade é o sonho de todo dependente — mas quando ela chega, pode assustar. Depois de tanto tempo preso a regras, clínicas, horários e vozes externas, o silêncio da escolha parece pesado. É como sair de uma cela e perceber que agora ninguém mais segura a porta: o controle está em nossas próprias mãos.


Na psicanálise, a liberdade também é um espelho. Ela mostra o sujeito diante da própria responsabilidade. Não há mais o outro para culpar, nem a substância para esconder o vazio. E é nesse espaço, onde o desejo pode finalmente respirar, que o medo aparece — medo de errar, de não dar conta, de não saber quem se é sem a dor que o definia.


A recuperação é, em parte, esse aprendizado: viver sem as amarras, mas com consciência. Liberdade não é fazer tudo, é poder escolher o que te mantém vivo. É caminhar sem muletas, mesmo que as pernas tremam, e descobrir que o chão ainda existe debaixo dos pés.


Carpe diem: hoje eu abraço a liberdade, mesmo quando ela assusta. Porque é nela que o medo se transforma em coragem — e a coragem, em vida.



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