Carpediem, 12 e outubro - As marés da emoção.
- Luciano Ribeiro
- 12 de out.
- 1 min de leitura

A recuperação é como o mar — cheia de marés. Há dias de calmaria, quando o sol parece tocar a alma, e há dias de tormenta, quando as ondas das emoções parecem arrastar tudo o que foi construído. Em ambos os casos, é preciso lembrar: nenhuma maré dura para sempre.
Na dependência, as emoções eram fugidas ou anestesiadas. O prazer e a dor se confundiam, e o sujeito se perdia nas ondas do impulso. Na sobriedade, aprender a sentir de novo é como reaprender a nadar: há medo, mas também descoberta. É nas emoções que reencontramos o que é humano.
A psicanálise nos ensina que as emoções não precisam ser controladas — precisam ser compreendidas. Elas vêm para revelar o que ainda vive em nós: carência, raiva, amor, desejo, falta. Quando aprendemos a observar a maré sem lutar contra ela, o mar deixa de ser ameaça e se torna espelho.
Carpe diem: hoje, eu aceito o movimento das minhas marés internas. Porque sentir é viver — e só quem enfrenta as ondas aprende o valor da própria profundidade.
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