Carpediem, 15 de outubro - O tempo de florescer
- Luciano Ribeiro
- 15 de out.
- 1 min de leitura

A recuperação é como um jardim: precisa de tempo, cuidado e paciência. Nada floresce de um dia para o outro. Primeiro vem o solo duro, depois a semente, o silêncio e, só então, o broto.
Cada etapa tem seu valor, mesmo quando os olhos ainda não veem resultado.
Durante o uso, tudo era imediatismo.
O prazer vinha rápido, e a dor era abafada na mesma velocidade. Na sobriedade, o tempo volta a ter seu ritmo natural — e isso pode parecer lento demais. Mas é justamente essa lentidão que permite que a raiz se firme e o novo cresça com verdade.
A psicanálise nos lembra que o sujeito se transforma aos poucos, na medida em que vai simbolizando o que sente e se apropriando da própria história. A pressa é inimiga da elaboração.
O florescer é silencioso, e o que parece estagnação, muitas vezes, é gestação.
Carpe diem: hoje eu escolho respeitar o tempo das minhas flores internas. Porque cada dia de cuidado é uma primavera se aproximando.
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