Carpediem, 18 de outubro - O peso do que não dizemos.
- Luciano Ribeiro
- 18 de out.
- 1 min de leitura

Muitas vezes, o que mais pesa em nós não é o que vivemos, mas o que calamos. Guardamos palavras, sentimentos e verdades como quem tenta esconder uma ferida — e, sem perceber, o que era dor se transforma em prisão. O silêncio, quando nasce do medo, adoece o corpo e sufoca a alma.
Na dependência, esse peso se multiplica. A vergonha, a culpa e o medo do julgamento tornam o falar quase impossível. Mas o que não se fala, o corpo grita. E cada palavra engasgada é uma parte da cura que fica por acontecer. A recuperação começa quando o sujeito ousa se escutar — e, com coragem, dar voz ao que sempre ficou escondido.
Falar é libertar-se. É transformar o que nos feriu em algo que possa ser olhado e compreendido. É permitir que a dor ganhe nome e, ao ganhar nome, perca o poder de nos dominar.
Carpe diem: hoje eu escolho aliviar o peso do que nunca disse. Porque a palavra, quando nasce do coração, tem o poder de curar o que o silêncio adoeceu.
Por Luciano Ribeiro — Terapeuta em Dependência Química | Estudante de Psicanálise
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