Carpediem, 22 de outubro - Entre o desejo e o dver.
- Luciano Ribeiro
- 22 de out.
- 1 min de leitura

Entre o desejo e o dever existe um campo silencioso onde a consciência é testada. O desejo quer o agora — o prazer imediato, a fuga, o alívio. O dever chama para o depois — o compromisso com a vida, com a verdade e com quem queremos ser. Na dependência química, essa batalha é diária: uma parte de nós ainda deseja o que um dia trouxe alívio, enquanto outra implora por reconstrução.
O desejo é natural, faz parte do humano. Mas quando ele domina o sujeito, transforma-se em tirano. A droga, nesse cenário, não é só a substância — é o símbolo do desejo sem limite, da necessidade de preencher o vazio a qualquer custo. A recuperação, por outro lado, é o retorno ao dever: o dever de cuidar de si, de honrar a vida, de sustentar a sobriedade mesmo quando o prazer parece chamar mais alto.
Ser livre não é viver sem desejo, mas aprender a dar destino a ele. Quando o desejo encontra o dever, nasce a responsabilidade — e com ela, a verdadeira maturidade emocional.
Carpe diem: hoje eu escolho o dever de me manter limpo, não como peso, mas como liberdade. Porque entre o desejo e o dever, é no equilíbrio que a alma encontra paz.
Por Luciano Ribeiro — Terapeuta em Dependência Química | Estudante de Psicanálise
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