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Carpediem, 24 de setembro, Ressentimento: Soltar, para seguir.

  • Foto do escritor: Luciano Ribeiro
    Luciano Ribeiro
  • 24 de set.
  • 1 min de leitura
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Ressentimento é “re-sentir”: reviver a dor como se fosse agora. Ele guarda mágoas, repete narrativas e nos prende ao que já passou. Quando o coração fica ocupado em repetir feridas, o presente perde cor e a vida começa a girar em torno do que nos feriu, não do que nos constrói.


Na dependência química, o ressentimento vira gatilho e desculpa: “eu uso porque fui ferido”, “eu bebo porque ninguém me entende”. Assim, a dor não elaborada alimenta a fuga, a fuga aumenta a culpa, e a culpa devolve a dor — um círculo que nos mantém anestesiados e longe de nós mesmos.


Romper esse ciclo pede honestidade e cuidado: nomear a ferida, compartilhar no grupo, pedir ajuda, praticar limites, reparar quando possível e aprender a perdoar (a si e aos outros). Não é esquecer, é dar um novo destino à energia da dor — transformar o que machucou em aprendizado que fortalece a sobriedade.


Carpe diem é escolher hoje parar de re-sentir para poder sentir de verdade. O que eu insisto em segurar passa a me segurar; quando solto, caminho. Um dia de cada vez, escolho a liberdade de viver limpo — sem carregar pedras no peito, com espaço para paz, presença e recomeço.


Por Luciano Ribeiro — Terapeuta em Dependência Química | Estudante de Psicanálise


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