Carpediem, 25 de outubro - As defesas que nos predem.
- Luciano Ribeiro
- 25 de out.
- 1 min de leitura

Um dia, para sobreviver, nós aprendemos a nos defender.Aprendemos a não sentir, a endurecer, a fugir da dor. Criamos máscaras, discursos prontos, uma força que muitas vezes não era força — era proteção. E naquela época, fez sentido. Foi o que evitou que a alma se rompesse.
Mas aquilo que um dia nos protegeu, agora pode estar nos prendendo. A dureza que construímos para suportar a vida é a mesma que nos impede de sentir a vida acontecer. A dependência química também nasce assim: como uma defesa contra o insuportável — contra o vazio, a falta, a solidão, o que era grande demais para carregar sozinho.
Só que a defesa não nos liberta. Ela nos esconde. E quando a gente se esconde, a vida deixa de nos encontrar. A recuperação, então, não é apenas parar de usar — é aprender a confiar. É reaprender a sentir, a pedir ajuda, a deixar que o outro nos veja. É abaixar as armas sem perder a dignidade.
Carpe diem: hoje eu reconheço as defesas que um dia me protegeram. E, com honestidade e coragem, começo a soltá-las. Porque viver não é se esconder — é se permitir existir.
Por Luciano Ribeiro — Terapeuta em Dependência Química | Estudante de Psicanálise
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