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Carpediem, 28 de outubro - Quando o corpo fala e a boca cala.

  • Foto do escritor: Luciano Ribeiro
    Luciano Ribeiro
  • 28 de out.
  • 1 min de leitura
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O corpo guarda o que a mente tenta esquecer. Ele fala por meio de sintomas, tensões e cansaços inexplicáveis. Quando não conseguimos expressar o que sentimos, o corpo assume o papel de mensageiro. É o choro que não vem, mas pesa nos ombros. É a raiva que não sai, mas aperta o peito. É a culpa que cala, mas rouba o sono.


Na dependência química, esse silêncio do corpo é ainda mais cruel. A droga se torna o tradutor das dores não ditas — anestesia o grito interno que não encontra palavra. O corpo tenta falar, mas o uso interrompe o diálogo. Recuperar-se, então, é reaprender a escutar o corpo: suas dores, seus limites, suas pausas.


O corpo não mente. Ele pede atenção, cuidado e presença. Cada desconforto é um convite à escuta; cada dor, uma tentativa de dizer algo que a alma ainda não consegue nomear. A cura começa quando paramos de silenciar o que o corpo tenta comunicar.


Carpe diem: hoje, em vez de calar, eu escuto. O corpo fala — e dentro de cada dor, há uma história pedindo para ser compreendida.


Por Luciano Ribeiro — Terapeuta em Dependência Química | Estudante de Psicanálise


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