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Carpediem, 29 de outubro - A alma que finge ser forte.

  • Foto do escritor: Luciano Ribeiro
    Luciano Ribeiro
  • 29 de out.
  • 1 min de leitura
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Às vezes, a força que mostramos ao mundo não passa de um muro que construímos para não desabar. A alma aprende a fingir firmeza quando não encontra lugar seguro para cair. Por fora, postura reta, semblante controlado, passos firmes. Por dentro, cansaço, medo, vontade de pedir colo... mas não saber como. A dependência começa muitas vezes assim: como um refúgio para quem nunca se sentiu permitido a ser vulnerável.


O vício, então, se torna armadura. Ele promete alívio sem exigir entrega, promete anestesia sem pedir verdade. Mas o preço é alto: quanto mais fingimos força, mais a alma grita por dentro. A recuperação, por outro lado, é o processo de desmontar essa armadura com cuidado, sem pressa, reconhecendo que a verdadeira força não está em não cair — mas em ter coragem de sentir.


E essa coragem não nasce de uma vez. Ela começa nos pequenos gestos: admitir que dói, pedir ajuda, permitir ser cuidado, deixar que alguém nos veja de verdade. Nesse movimento, a alma não perde força... ela finalmente respira. Ela aprende que não precisa se esconder para ser digna de amor ou respeito.


Carpe diem: hoje eu não preciso fingir ser de ferro. Ser humano já é forte o suficiente


Por Luciano Ribeiro — Terapeuta em Dependência Química | Estudante de Psicanálise


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