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Carpediem, 29 de setembro, Reservas

  • Foto do escritor: Luciano Ribeiro
    Luciano Ribeiro
  • 29 de set.
  • 1 min de leitura
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Na dependência, reservas são pequenas portas abertas para voltar ao velho padrão. “Reserva também é sentimento pela droga: saudade do efeito, curiosidade do “e se”, fantasia de que agora seria diferente. É uma centelha da substância dentro de nós, um afeto que ainda protege o uso no imaginário. Enquanto isso existir intacto, a recaída tem onde morar.…”. Parecem inofensivo, mas funcionam como contrato secreto com a recaída. Enquanto existirem, a doença segue tendo onde morar.


Carpe diem, aqui, é coragem para fechar todas as saídas de emergência. Nomear as reservas, falar delas no grupo, apagar contatos, mudar rotas, limpar a casa de gatilhos. Honestidade no lugar da negação; rendição no lugar do controle. Sem plano B com a doença.


Viver sem reservas não é rigidez, é proteção da liberdade. É trocar “talvez” por “hoje, não”. É construir rotina que sustenta: sono, alimento, movimento, partilha, oração ou meditação. Quando o impulso vier, plano simples e imediato: pedir ajuda, sair do ambiente, respirar, lembrar por que comecei.


Carpediem: um dia de cada vez, o coração aprende que não precisa de atalhos. A vida volta a caber no peito quando as brechas se fecham. Hoje eu escolho presença, verdade e caminho limpo — inteiro, sem reservas.


Por Luciano Ribeiro — Terapeuta em Dependência Química | Estudante de Psicanálise


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