Carpediem, 30 de setembro, do egocentrismo a presença.
- Luciano Ribeiro
- 30 de set.
- 1 min de leitura

Na ativa, a droga encolhe o mundo até caber no “eu”. O desejo vira centro, as pessoas viram meio ou obstáculo, promessas perdem peso. O egocentrismo não é vaidade: é sintoma da doença — uma forma de proteger o acesso ao efeito, mesmo que custe vínculos, valores e paz.
Esse “eu primeiro” parece força, mas é prisão. Para manter o uso, a mente justifica, minimiza, manipula. A vida fica estreita: quanto maior o ego da doença, menor a capacidade de escutar, sentir o outro e sustentar a verdade. O resultado é solidão e culpa.
A recuperação começa quando o “eu” sai do trono. Pedir ajuda, ouvir, partilhar, reparar danos e servir quebra o circuito do egocentrismo. Humildade não é se diminuir, é caber no real: reconhecer limites, aceitar cuidado, praticar limites saudáveis e construir presença nos pequenos atos.
Carpe diem: hoje escolho presença em vez de centro. Digo a verdade, procuro o grupo, pratico gratidão e lembro que liberdade cresce quando deixo de girar em torno de mim. Um dia de cada vez, o “nós” devolve sentido — e o coração encontra espaço para viver limpo.
Por Luciano Ribeiro — Terapeuta em Dependência Química | Estudante de Psicanálise
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