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Carpediem, 5 de outubro. Fé que sustenta.

  • Foto do escritor: Luciano Ribeiro
    Luciano Ribeiro
  • 5 de out.
  • 1 min de leitura
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Na dependência, a fé parecia distante — como se fosse algo reservado para quem “ainda acredita”. Mas, no fundo, todo ato de buscar recuperação já é um gesto de fé. Fé em si, fé no processo, fé na possibilidade de mudar o que parecia definitivo. A fé não é a negação da dor, é a força que nos faz atravessá-la.


Na visão psicanalítica, a fé pode ser entendida como um ato simbólico: o sujeito aposta em algo que ainda não existe, mas que deseja construir. Ela não exige provas, exige entrega. É o movimento interno que diz “mesmo sem certeza, eu sigo”. A fé é o que liga o desejo à ação.


Na recuperação, a fé começa pequena — um passo, um “hoje não”, um pedido de ajuda. É uma confiança que cresce na prática diária. Um dia limpo é fé encarnada: o invisível se torna visível no gesto, na escolha, no cuidado.


Carpe diem: hoje, eu escolho acreditar. Não porque tudo esteja claro, mas porque há algo dentro de mim que insiste em continuar. A fé não tira o peso da vida — mas dá sentido ao caminho.

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