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Carpediem, 6 de outubro: A paciência do processo.

  • Foto do escritor: Luciano Ribeiro
    Luciano Ribeiro
  • 6 de out.
  • 1 min de leitura
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A pressa é herança da dependência. O corpo quer o agora, a mente quer o resultado, o coração quer o alívio. Na ativa, tudo era imediato; na recuperação, o tempo se alonga. Aprender a esperar é uma das lições mais duras — e mais libertadoras — do caminho.


Na psicanálise, o processo é o que cura. A transformação não vem por decreto, mas por elaboração. É preciso deixar o inconsciente falar, dar espaço ao que emerge, suportar o intervalo entre o que éramos e o que estamos nos tornando. O sujeito se constrói nas entrelinhas, e o tempo é o solo onde o novo brota.


Cada dia limpo é parte desse processo. Às vezes é queda, às vezes é silêncio, às vezes é apenas continuar. Mas o que parece pouco é o que sustenta o muito: a paciência molda o caráter, e o tempo dá forma àquilo que a pressa destruiria.


Carpe diem: hoje eu aceito o ritmo da vida. O que está amadurecendo em mim ainda não tem nome, mas já é promessa. A recuperação não é corrida — é semeadura. E a fé é esperar o fruto sem arrancar a raiz.


Por Luciano Ribeiro — Terapeuta em Dependência Química | Estudante de Psicanálise


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